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Archive for Fevereiro, 2009

A IGREJA NO DESERTO – Com a Bíblia de casa em casa

Fevereiro 28, 2009 1 comentário

bibliaQuanta alegria, irmãos! Alegria em nos encontrarmos reunidos, juntos, para celebrar a Eucaristia neste início da Quaresma; alegria em proclamar e escutar a Palavra de Deus, cantar salmos, hinos e cânticos inspirados; alegria em celebrar a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo; alegria na Esperança da vida futura. A Páscoa que nós celebramos torna presente o passado, celebra, realiza e projecta-nos para o futuro da Ressurreição.

Tudo isto acontece no peregrinar da Igreja que, agora, é chamada a estes dias de deserto, onde Deus nos fala ao coração.

Jesus utilizou vária simbologia para transmitir a sua Mensagem. Nós também vamos aproveitá-la para isso com a simbologia da Barca, do Remo, da Água, da Luz (Círio)…

A Igreja/Comunidade de baptizados que somos é uma Barca que nos leva nesta caminhada Quaresmal – nós não fazemos o caminho da vida sozinhos…fazemo-lo uns com os outros. A barca também nos faz lembrar S.Paulo nas suas viagens como Apóstolo do Evangelho, congregando e fortalecendo na Fé as Comunidades cristãs. O Remo com a frase “Livres para quê?” simboliza que é a força da Palavra de Deus que nos ajuda a progredir na caminhada. A Água, com um Círio aceso faz-nos lembrar o nosso Baptismo que possibilitou esta caminhada que agora fazemos, água que lava o nosso coração (Salmo 51/50, 4,9,12,14), possibilitando a mudança de vida. E Cristo é a Luz, farol para os nossos passos a mostrar-nos os caminhos (Salmo 119,105) da misericórdia: “Aquilo que fizerdes ao mais pequenino dos meus irmãos é a Mim que o fazeis”. Daí resultam as propostas evangélicas que recebemos da Igreja para vivermos de um modo especial esta quaresma: a caridade, a oração e o jejum. O Papa Bento XVI revela-nos a concretização do jejum, dizendo-nos que “o jejum nos ajuda a tomar consciência da situação em que vivem tantos irmãos nossos. Jejuar voluntariamente ajuda-nos a cultivar o estilo do Bom Samaritano, que se inclina e socorre o irmão que sofre. Escolhendo livremente privar-nos de alguma coisa para ajudar os outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é indiferente”. Por isso, o Sr Patriarca propõe-nos que o destino da nossa Renúncia quaresmal seja para ajudar as crianças em risco, “de modo particular através da Casa do Gaiato de Santo Antão do Tojal que a diocese assumiu”. Isto quer dizer que Jesus nos convida a enfrentar os prolemas, esforçando-nos pessoal e colectivamente no sentido de vencer a crise, contribuindo para a edificação de um mundo mais justo e mais solidário. A conversão a que o tempo quaresmal nos convida não se limita à dimensão individual, mas abrangerá também a nossa relação e solidariedade com os outros, envolvidos pelo amor de Deus, que se estende sobre todos e cada um. É que a crise que está aí não é apenas financeira-económica. É mais profunda, porque é civilizacional. Numa sociedade marcadamente individualista e egoísta nas suas relações, é urgente desenvolver um verdadeiro amor fraterno que faça da solidariedade um estilo de vida.

Para cultivarmos este espírito de Jesus nosso coração e nas famílias, vou enviar de casa em casa “A BÍBLIA PEREGRINA”, porque a Palavra de Deus é quem nos ilumina, nos converte, nos une e nos fortalece. A graça do Senhor Jesus Cristo esteja com o vosso espírito, irmãos!

P. Batalha

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Informações sobre o 7º Encontro da Escola Paroquial realizado no dia 27/2/2009 –«Paulo e a espiritualidade do cristão», com a Ir. Luísa MariaAlmendra, rscm:


A Boa Nova liberta de todas as escravidões

nuevo25No primeiro Domingo do Tempo da Quaresma, a liturgia garante-nos que Deus está interessado em destruir o velho mundo do egoísmo e do pecado e em oferecer aos homens um mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim.

A primeira leitura é um extracto da história do dilúvio. Diz-nos que Jahwéh, depois de eliminar o pecado que escraviza o homem e que corrompe o mundo, depõe o seu “arco de guerra”, vem ao encontro do homem, faz com ele uma Aliança incondicional de paz. A acção de Deus destina-se a fazer nascer uma nova humanidade, que percorra os caminhos do amor, da justiça, da vida verdadeira.

No Evangelho, Jesus mostra-nos como a renúncia a caminhos de egoísmo e de pecado e a aceitação dos projectos de Deus está na origem do nascimento desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens (o “Reino de Deus”). Aos seus discípulos Jesus pede – para que possam fazer parte da comunidade do “Reino” – a conversão e a adesão à Boa Nova que Ele próprio veio propor.

Na segunda leitura, o autor da primeira Carta de Pedro recorda que, pelo Baptismo, os cristãos aderiram a Cristo e à salvação que Ele veio oferecer. Comprometeram-se, portanto, a seguir Jesus no caminho do amor, do serviço, do dom da vida; e, envolvidos nesse dinamismo de vida e de salvação que brota de Jesus, tornaram-se o princípio de uma nova humanidade.

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Nota: Informação recolhida em Evangelho Quotidiano, Dehonianos, Paulinas, Benedictines de Catalunya, h2onewspt, Living Space, Lugar Sagrado e Hermanoleón Clipart.

MENSAGEM – Propostas Pascais

si6va11Queridos amigos,

“Felizes os que como S. Paulo
ouvem a Palavra de Deus e a seguem”,
para que possamos também dizer:
“Para mim viver é Cristo”

Começamos, hoje, esta grande e feliz caminhada pascal.

Queres viver este tempo de deserto que a nossa querida Mãe, a Igreja, nos propõe ?

Se queres tens de fazer o teu Programa de Vida, porque os dias passam velozes. Se não     concretizas já o que queres fazer para crescer, chegas à Páscoa sem dar por isso, e ficas mais na mesma.

São várias as propostas que podem ajudar-te na tua santificação.

Escolhe as que precisas:

  • Hoje e Sexta feira Santa são dias de Jejum e abstinência. Como te expliquei na Carta que te dirigi no último Farol, têm um sentido de amor fraterno. Vê lá (Farol nº 27). Escolherás para ti mais outros dias na Quaresma. Aqueles 2 dias são o mínimo;
  • Procura momentos de recolhimento para a oração e não te esqueças de ter o “Cantinho da Bíblia” na tua casa. Vê a sugestão no próximo 28º Farol (“A Páscoa é o Centro da nossa Fé”);
  • É tempo favorável à Salvação, renovando a Aliança Baptismal, confessando os pecados. Aproveita também as Celebrações Penitenciais comunitárias. Consulta o próximo 28º Farol. São Paulo é nosso guia. Será uma caminhada de libertação e de vida renovada;
  • Tempo de sobriedade na alimentação, na linguagem e nas atitudes, buscando nos comportamentos: fraternidade e misericórdia;
  • Partilha com os irmãos mais necessitados: “Bolsa Seminarista”, “Casa do Gaiato”,…em dinheiro ou géneros ou outros bens. Podes levar ao ofertório dos Domingos;
  • Visita os doentes ou idosos isolados;
  • Escuta e põe em prática os desafios que todos os dias a Palavra de Deus nos apresenta. Vê no Farol a indicação do Evangelho para cada dia;
  • Acolher a “BÍBLIA, Peregrina de casa em casa”, com São Paulo. Este mundo precisa de pessoas contemplativas, atentas, críticas, corajosas. Vê no próximo Farol nº28 “Com S. Paulo no caminho da Luz pascal”; Folha de Apoio à Bíblia Peregrina>>semana-1 [doc]
  • Assiduidade à Escola Paroquial, com São Paulo;
  • Se a Quaresma nos convida a renovar o nosso Baptismo e actualizar a nossa fidelidade a Cristo e à Igreja, é da escuta da Palavra que nos vem a Fé e é aos critérios de Deus que nos temos de converter;
  • A Palavra convida-nos à conversão, a reconciliar-nos com Deus e com os irmãos. São Paulo é nosso guia. Será uma caminhada de libertação e de vida renovada;
  • A Catequese tem um itinerário “Com S. Paulo, no caminho da Luz Pascal” e cada semana leva um compromisso. Por exemplo esta 1ª semana é Viver um dia “seco”, um dia sem refrigerantes, nem doces, sem ruídos, sem stress, sem televisão, sem telemóvel…Ajuda os teus filhos, netos, sobrinhos ou afilhados a cumprir, a fazer voluntariamente esta proposta de compromisso, em cada semana;
  • Outras iniciativas terá cada um de nós……

A graça do Senhor Jesus Cristo esteja com o vosso espírito, irmãos. Ámen! (Gál. 6, 18)

Quarta-Feira de Cinzas, 25 de Fevereiro de 2009

P. Joaquim Batalha

CARTA AOS CRISTÃOS E CRENTES DE BOA VONTADE

Queridos irmãos e irmãs, “Graça e paz a vós, da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, que a si mesmo se entregou pelos nossos pecados, para nos libertar deste mundo mau, segundo a vontade de Deus Pai. A Ele a glória pelos séculos dos séculos! Ámen” (Gál. 1, 3-5).

Dirijo-me a vós que quereis viver a Páscoa, preparando-vos numa caminhada quaresmal.

Como sabemos “40 anos” foi o tempo em que o povo hebreu andou pelo deserto em busca da terra prometida. Também Elias e Moisés estiveram “40 dias” no deserto a preparar-se para a missão que Deus lhes confiou. O mesmo aconteceu com S. Paulo.

Também nós precisamos de viver em clima de deserto nesta Quaresma. É tempo que temos para fazer jejum e abstinência. Convido-vos a aproveitar a Quaresma para crescer na Fé, aproximando-nos de Deus e das pessoas com quem convivemos, através da oração na catequese, na família e na comunidade, através da abstinência e da caridade em favor dos pobres. Como nos propõe o nosso Pastor, Bento XVI:  “escolhendo livremente privar-nos de algo para ajudar os outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é indiferente… Precisamente para manter viva esta atitude de acolhimento e de atenção para com os irmãos, encorajo as paróquias a intensificar na quaresma a prática do jejum pessoal e comunitário, cultivando a escuta da Palavra de Deus, a oração e a esmola”. Ele explica que “valor e que sentido tem para nós, cristãos, privar-nos de algo que seria em si bom e útil para o nosso sustento”, frisando que a prática do jejum “pode ajudar-nos a mortificar o nosso egoísmo e a abrir o coração ao amor de Deus e do próximo”.

Quaresma é tempo para renovar a nossa Aliança Baptismal, confessando os nossos pecados, fazendo uma caminhada de conversão e de libertação. É tempo para ouvirmos e acolhermos a Palavra de Deus, reflectindo-a sobre a nossa vida.

Todos nós sabemos por experiência que, depois de um bom banho, nos sentimos refeitos, renovados. Por isso, a humanidade no tempo de Noé estava muito suja, corrompida, então Deus deu-lhe um banho: o dilúvio. Este banho tornou-se sinal de renovação e de vida. Deus fez uma Aliança com a humanidade. As águas do Dilúvio, como as águas do Mar Vermelho que atravessaram, libertando-se da escravidão, e como as águas do Rio Jordão, onde Cristo recebeu a unção do Espírito Santo e as águas que brotaram do coração de Jesus, trespassado na Cruz, manifestam as graças que recebemos no Baptismo. Quem tem Jesus e a Sua Palavra diante dos olhos sabe o que é ser salvo. Este “ter Jesus diante dos olhos”  é o que assumimos no Baptismo: a nossa Fé. Quem segue o Caminho de Jesus é salvo. Se vivermos assim “unidos a Jesus” , o Baptismo é para nós o banho da vida renovada e refeita. Estamos a caminhar para a noite pascal, momento em que os primeiros cristãos celebravam o Baptismo e nós, agora, fazemos a nossa Profissão de Fé.

Promovendo a nossa transformação interior preparemos o nosso coração para o Mistério da Fé, acolhendo a Ressurreição de Cristo.
A graça do Senhor Jesus Cristo esteja com o vosso espírito, irmãos!

P. Batalha

O perdão abre o véu de uma ÁGUA que brota até à vida eterna

02A liturgia do 7º Domingo do Tempo Comum convida-nos, uma vez mais, a tomar consciência de que Deus tem um projecto de salvação para os homens e para o mundo. Esse projecto (que em Jesus se torna vivo, palpável, realmente libertador) é um dom de Deus que o homem deve acolher com fé.

A primeira leitura fala-nos de um Deus que, em todos os momentos da história, está ao lado do seu Povo, a fim de o conduzir ao encontro da liberdade e da vida verdadeira. Sugere, no entanto, que o Povo necessita de percorrer um caminho de conversão e de renovação, antes de poder acolher a salvação/libertação que Deus tem para oferecer.

O Evangelho retoma a mesma temática. Diz que, através de Jesus, Deus derrama sobre a humanidade sofredora e prisioneira do pecado a sua bondade, a sua misericórdia, o seu amor. Ao homem resta acolher o dom de Deus, ir ao encontro de Jesus e aderir a essa proposta libertadora que Jesus veio apresentar.

A segunda leitura recomenda àqueles que aderiram à proposta de Jesus que vivam com coerência, com verdade, com sinceridade o seu compromisso, sem recurso a subterfúgios ou a lógicas de oportunidade.

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PARALÍTICO (Mc 2,1-12)

Baixaram o paralítico a partir dum buraco do tecto,
e Tu ficaste emocionado com a sua fé.
E não pudeste aguentar-Te, até que lhe disseste:
«Os teus pecados estão perdoados».
Perdoaste-lhos com as tuas palavras
ou confirmaste que já lhe tinha chegado o perdãoe a cura
pela fé que tinha posto em Ti?
A fé perdoando os pecados!
A fé devolvendo o movimento!
A fé rejuvenescendo uns músculos envelhecidos e uma alma ainda mais velha!
A fé dele e a fé deles.
E Tu mostrando que os teus malabarismos de curandeiro físico
eram treino de perito cirurgião da alma.
Quando é que se tinha visto algo semelhante?
Diz-me também a mim: «Levanta-te e anda»,
porque estou estatelado na plácida paz da invalidez espiritual.
Grita-me, porque não sei nem se quero levantar-me da minha prostração.
E se não podes dar-me o teu grito pela minha falta de fé,
dá-mo ao menos pela fé de tantos maqueiros
que me acompanharam  até Ti ao longo da minha vida.
Obrigado por eles.

Patxi Loidi

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Nota: Informação recolhida em Evangelho Quotidiano, Dehonianos, Paulinas, Benedictines de Catalunya, h2onewspt, Living Space, Lugar Sagrado e Hermanoleón Clipart.

FAMÍLIA – IGREJA DOMÉSTICA

logofamiliaA Escola Paroquial, na sexta feira passada, a propósito de São Paulo na sua Carta aos Efésios, abordou o tema da família, dizendo que a família é fundamental para o crescimento das pessoas.

Na longa história da humanidade, a família, para o bem e para o mal, tem sido a pedra fundamental sobre a qual se tem construído a prática  das relações que é característica identificativa e tipificante da condição humana.
Três dimensões são importantes na família: espaço, tempo, relação.  O ser humano é alguém que se constrói através da ‘palavra’. Por isso precisamos de aprender as linguagens (dos afectos, simbólica, da matemática, da Fé…)  com que se dizem as realidades, o mundo, a nossa existência. Aquilo que não somos capazes de traduzir pela palavra não fazemos verdadeiramente nosso. Para que nos assumamos e assimilemos uma realidade nós temos que a dizer.

Esta aprendizagem das linguagens tem de ser feita desde pequenos. Por exemplo, se não se ensina desde pequeninos as linguagens com que se diz Deus como é que mais tarde O hão-de reconhecer! Como perceber a presença de Deus se não sabem a linguagem com que hão-de compreender os sinais da presença e da comunicação de Deus. Ora é na família que se recebem os meios para essa compreensão.

Nós temos na Sagrada Escritura um belo exemplo da importância da ‘Palavra’. Logo na 1ª frase: “No princípio Deus criou os céus e a terra, a terra era informe e vazia. Deus disse: faça-se…” e as coisas começaram a existir, isto é, começaram a fazer sentido. Para que terra ganhe forma e ordem, Deus fala e dá-lhe forma e sentido.

A palavra é criadora e transformadora. É o papel da família na educação dos filhos. É na família que nós aprendemos a memória, que entramos numa tradição viva. Conhecer implica sempre o apelo da memória. E quem não tem memória é um desenraizado. Sem memória não há futuro. A família é a garantia da transmissão da memória. Para nos humanizarmos precisamos de certo tipo de transmissões que nos permita ir adquirindo uma fisionomia tipicamente humana. A qualidade do humano está directamente relacionada com a qualidade do acolhimento e reconhecimento. A família, a sociedade e a religião são estruturas indispensáveis. O ser humano é sempre um herdeiro, alguém que assimila a herança. A memória permite situar-nos numa história concreta que nos é narrada, transmitida. Daí a importância da casa, como espaço humano familiar. É no seio da família que nós aprendemos as diversas linguagens.

São Paulo, a partir do encontro com Jesus Ressuscitado na estrada de Damasco, pela sua palavra e pelo seu viver, percebe que o anúncio do Evangelho só pode ser verdadeiramente consistente, tendo como base uma existência partilhada em comunidade, no espaço doméstico e no espaço público. Depois tinha de haver laços fortes e regulares para que toda a assembleia se mantivesse unida.

As assembleias de toda a Igreja teriam um carácter mais público, enquanto as de casa um carácter mais privado. A Igreja e o crente adquirem uma dimensão pública (1ªCor. 3, 16-17 e 1ªCor. 6, 19) – Somos santuários de Deus. São Paulo pela sua experiência cristã ensina-nos que a experiência ou vivência cristã exige a comunidade.

Hoje as nossas famílias como “Igrejas Domésticas” têm de realizar este itinerário de que nos fala S. Paulo na sua Carta aos Efésios 1,1 a 6,2º. Lede-a.

Termino orando: “Senhor faz com que as nossas famílias se pareçam cada vez mais com a Igreja; tenha Fé em Ti e acolha a tua Palavra.”

P. Batalha

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Informações sobre o 6º Encontro da Escola Paroquial realizado no dia 13/2/2009:


AS EXCLUSÕES E DIVISÕES SÃO O VOSSO PECADO

dom06_01A liturgia do 6º Domingo do Tempo Comum apresenta-nos um Deus cheio de amor, de bondade e de ternura, que convida todos os homens e todas as mulheres a integrar a comunidade dos filhos amados de Deus. Ele não exclui ninguém nem aceita que, em seu nome, se inventem sistemas de discriminação ou de marginalização dos irmãos.

A primeira leitura apresenta-nos a legislação que definia a forma de tratar com os leprosos. Impressiona como, a partir de uma imagem deturpada de Deus, os homens são capazes de inventar mecanismos de discriminação e de rejeição em nome de Deus.

O Evangelho diz-nos que, em Jesus, Deus desce ao encontro dos seus filhos vítimas da rejeição e da exclusão, compadece-Se da sua miséria, estende-lhes a mão com amor, liberta-os dos seus sofrimentos, convida-os a integrar a comunidade do “Reino”. Deus não pactua com a discriminação e denuncia como contrários aos seus projectos todos os mecanismos de opressão dos irmãos.

A segunda leitura convida os cristãos a terem como prioridade a glória de Deus e o serviço dos irmãos. O exemplo supremo deve ser o de Cristo, que viveu na obediência incondicional aos projectos do Pai e fez da sua vida um dom de amor, ao serviço da libertação dos homens.

Português

Espanhol

Inglês

PÕE AS TUAS MÃOS SOBRE MIM, Jesus,
tuas mãos humanas,
calejadas e trespassadas:
comunica-me a tua força e energia,
o teu anseio e a tua ternura,
a tua capacidade de serviço e de entrega.

PÕE AS TUAS MÃOS SOBRE MIM, Jesus,
e abre em meu ser e vida
sulcos claros e janelas certas
para o Espírito que vivifica:
liberta-me do medo e da tristeza,
da mediocridade e da preguiça.

PÕE AS TUAS MÃOS SOBRE MIM, Jesus,
que estão sujas e perdidas;
dá-lhes esse toque de graça que necesitam:
trespassa-as, mesmo se resistam,
até que saibam dar e gastar-se
e tornar-se reflexo claro das tuas.

DEIXA-SE PÔR AS MINHAS MÃOS NAS TUAS
e sentir que somos irmãos,
com feridas e chagas vivas
e com mãos livres,
fortes e ternas, que abraçam.

Ulibarri, Fl.

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Nota: Informação recolhida em Evangelho Quotidiano, Dehonianos, Paulinas, Benedictines de Catalunya, h2onewspt e Hermanoleón Clipart.

ESTILO DE VIDA- Mudar é preciso!

5to01Nós, hoje, o vermos a falência de tantas empresas, aumentando cada dia mais os desempregados, deixa-nos todos apreensivos. Vendo o que se está a passar com os Banca financeira, torna-se claro que o modelo económico em vigor está falido. Querer restaurá-lo é alimentar as desigualdades e a pobreza, continuando a morrer milhões de pessoas à fome.

É preciso mudar: o nosso estilo de vida e o sistema económico. Temos de ter a coragem para o fazer.  Não podemos baixar os braços na resignação. O trabalho a fazer é muito, e cada um de nós pode fazer um pouco, ou até muito…

Pode, nomeadamente, participar e promover a coerência entre os valores (justiça, equidade, solidariedade…) e a vida, e tornar isto mais visível e dinâmico. Comunicar é preciso!

É preciso educar as novas gerações para uma vida simples.

Há sinais que nos advertem… Por exemplo, nas estradas aparecem placards a dizer aos condutores: “modere a velocidade!”. Relativamente a bebidas alcoólicas vemos reclames: “Se conduz não beba!”… ou “Beba com moderação“. Nós é que queremos chegar a toda a parte, estar com toda a gente e aproveitar todas as oportunidades. A nossa sociedade incita-nos a viver com pressa e com pouco tempo para pensar. A moderação é um valor cristão. É saber parar a tempo. Não corras atrás de tudo o que é novidade. Procura usar  bem as coisas, o tempo, as oportunidades, tanto quanto te façam feliz. Procura dominar a tua vontade e saber escolher bem em cada momento.

Como nos ensina S. Paulo, em Rom. 12, 2-18   “Não vos acomodeis a este mundo. Pelo contrário, deixai-vos transformar, adquirindo uma nova mentalidade, para poderdes discernir qual é a vontade de Deus: o que é bom e recto, o que Lhe é agradável e é perfeito.”

Este é o nosso tempo de Agir:

  • promover uma mentalidade de que podemos viver com menos…
  • procurar conhecer iniciativas positivas para promover a esperança…

Não nos deixemos seduzir pela sociedade de consumo. É urgente formar critérios para distinguir o que é razoável do que é excessivo, buscando limites morais aceitáveis. O excesso está na base de  muitos pecados: o álcool, a música,  a velocidade, o trabalho, a comida, etc… Tudo coisas boas que em excesso se tornam perversas.

É preciso educar para o auto-controlo, para a regulação do apetite imediato. Por exemplo, quando uma criança diz à mãe “Quero isto“, ela tem a obrigação de exercer um certo travão e, com calma, explicar ao filho que nem sempre temos aquilo que queremos.

É preciso mudar a prática consumista: comprar-usar-deitar fora… comprando de novo. Há que dar o devido valor a cada coisa, a cada oportunidade e a cada situação. Dar valor ao que temos, através da partilha generosa com os outros, da renúncia e da prática da caridade.

É preciso educar a vontade e o auto-domínio para ganhar a capacidade de dizer “não”, para alcançar um bem maior.

Por isso, a Palavra de Deus é o pão da nossa Fé: precisamos dela para nos alimentar.

A Palavra de Deus é luz dos nossos passos: precisamos dela para ver e para aprender a falar.

É preciso viver uma vida com limites, uma vida simples. Procura colaborar por um mundo melhor.

P. Batalha

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Informações sobre o 5º Encontro da Escola Paroquial realizado no dia 6/2/2009:

Em Mim encontrareis a saúde que dá Vida

5dQue sentido têm o sofrimento e a dor que acompanham a caminhada do homem pela terra? Qual a “posição” de Deus face aos dramas que marcam a nossa existência? A liturgia do 5º Domingo do Tempo Comum reflecte sobre estas questões fundamentais. Garante-nos que o projecto de Deus para o homem não é um projecto de morte, mas é um projecto de vida verdadeira, de felicidade sem fim.

Na primeira leitura, um crente chamado Job comenta, com amargura e desilusão, o facto de a sua vida estar marcada por um sofrimento atroz e de Deus parecer ausente e indiferente face ao desespero em que a sua existência decorre… Apesar disso, é a Deus que Job se dirige, pois sabe que Deus é a sua única esperança e que fora d’Ele não há possibilidade de salvação.

No Evangelho manifesta-se a eterna preocupação de Deus com a felicidade dos seus filhos. Na acção libertadora de Jesus em favor dos homens, começa a manifestar-se esse mundo novo sem sofrimento, sem opressão, sem exclusão que Deus sonhou para os homens. O texto sugere, ainda, que a acção de Jesus tem de ser continuada pelos seus discípulos.

A segunda leitura sublinha, especialmente, a obrigação que os discípulos de Jesus assumiram no sentido de testemunhar diante de todos os homens a proposta libertadora de Jesus. Na sua acção e no seu testemunho, os discípulos de Jesus não podem ser guiados por interesses pessoais, mas sim pelo amor a Deus, ao Evangelho e aos irmãos.

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Comentário ao Evangelho do dia feito por São Jerónimo – «Jesus tomou-a pela mão e levantou-a»

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Leer el comentario del Evangelio por San Jerónimo – «Jesús la cogió de la mano y la levantó»

Reading

Commentary of the day by Saint Jerome – «Jesus grasped her hand and helped her up»

Nota: Informação recolhida em Evangelho Quotidiano, Dehonianos, Paulinas, Benedictines de Catalunya e Hermanoleón Clipart.