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Archive for Março, 2010

A SABEDORIA DA CRUZ

Quem quiser ganhar a sua vida deve saber perdê-la. Quem se agarra à vida acaba por perdê-la. Quando Eu for elevado da terra, atrairei todos a Mim. – Disse Jesus.

A vida, a paixão e a morte de Jesus constituem um modelo de como devemos conduzir a vida e enfrentar as dificuldades inerentes a ela. É realmente espantoso o facto, de Deus, por Jesus, ter assumido a nossa vida mortal e fez-se Deus-connosco. “O Verbo divino fez-se Homem e habitou entre nós”.

Mais espantoso ainda é verificarmos que participou de todas as nossas mazelas: teve fome e sede, chorou de saudades pela morte do amigo, decepcionou-se com a dureza dos corações e com a pouca inteligência dos seus discípulos; mais ainda, angustiou-se diante da morte e entre “clamores e lágrimas dirigiu preces e súplicas” a Deus (Heb. 5,7) para ser libertado. Por causa da sua mensagem e das suas práticas novas que introduziu foi caluniado, perseguido e condenado à morte. Como é que Jesus enfrentou a ameaça de morte? Como é que interpretou a morte violenta, consequência da sua fidelidade a Deus e a sua proposta ? O Evangelho dá-nos uma resposta (Jo. 12,20-36). Ele ajuda-nos a entender a nossa própria vida, o nosso caminhar incontestável para a morte. Jesus não foi poupado ao sofrimento. Então, é pela cruz que se chega à luz. É morrendo que se vive para a Vida eterna.

Ao iniciarmos a Semana Santa meditemos na Paixão e morte em Jesus e em nós. A Paixão de Jesus é a maior e mais estupenda obra do Amor divino. É acontecimento salvífico de infinito valor, fonte inesgotável de todos os benefícios que Deus dispensa à humanidade.

Hoje, como noutros tempos, muitos cristãos pensam como Pedro na sua primeira reacção à notícia que Jesus lhes deu sobre a sua paixão e morte (Mt. 16, 21-23). Querem Cristo, sim, mas sem a cruz; querem um Cristo meigo, agradável, irradiando bondade e amor; não toleram vê-lo sofrer a agonia do Getsémani, não suportam vê-lo flagelado e coroado de espinhos, no pretório de Pilatos e, depois, crucificado e morto… e assim se recusam a segui-lo como deveriam, heroicamente, até à efusão do próprio sangue. Não sabem que a paixão de Cristo constitui a parte principal e culminante do “projecto de Deus” para a redenção do homem; ignoram que “a cruz está no centro do cristianismo”; que, sem ela, não pode haver salvação, a qual consiste na comunhão com o Pai; desconhecem que é pelos méritos da paixão e morte do Filho de Deus que nos são dispensadas as riquezas da divina misericórdia que nos abre as portas do Reino dos Céus. (cf. 2Cor. 1,3-7). Toda a nossa glória está na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quando eu estiver à altura de compreender melhor o anúncio da paixão de Jesus, longe de me escandalizar, a minha alma inundar-se-á de alegria, de admiração e de gratidão. De alegria, porque o Filho de Deus, pelos méritos da Sua morte, me dará a Vida eterna; de admiração porque, olhando para o crucificado, serei levado a exclamar maravilhado: “Deus morre crucificado por meu amor”; e de gratidão porque, com o Seu Sangue, purifica a minha alma e me torna digno de contemplar a face de Deus. Contemplando Cristo crucificado, oiçamo-l’O dizer: Morri por ti, vem e segue-me !

P. Batalha

FIZ DA MORTE O ALTAR DO PERDÃO

Junto aos ciprestes começa a procissão. Jerusalém ao fundo.

A liturgia deste último Domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz (que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus) apresentanos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projectos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.

O Evangelho convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz revela-se o amor de Deus, esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.

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COM CRISTO A CAMINHO DA VIDA PLENA

Visita da Imagem de Cristo Sacerdote e Bom Pastor

S. CURA D’ARS E A PÁSCOA

As nossas Paróquias de Santa Bárbara e Ribamar viveram, nas duas semanas anteriores, a Visita da Imagem Peregrina de Jesus Cristo, Rei e Sacerdote. Foi um tempo privilegiado e favorável à nossa caminhada e vivência pascal.

Com o Programa e o Guião tivemos tempos para a Oração, a Partilha, a Penitência e tempos para a Reconciliação. Tempos para a Adoração do SSmo Sacramento. Tempos para a Catequese sobre “Cristo é o único Sacerdote”, “A Igreja é um Povo Sacerdotal”, “O Padre enquanto Pároco” e “O Sacerdócio na Proclamação dos Mistérios da Fé” e Catequese sobre as Vocações. E foi tempo de partilha para o Haiti, para a Caritas/Madeira e oferendas para os nossos Seminários.

Para quem as aproveitou, foram duas semanas fortes para melhor correspondermos aos apelos de Jesus desde o início desta Quaresma: «Arrepende-te e acredita no Evangelho.»

Foram ainda tempos para conhecermos a vida de Santo Cura d’Ars, Padroeiro dos Sacerdotes, tendo em conta o Ano Sacerdotal. Ao celebrarmos o Jubileu dos 150 anos de Santo Cura d’Ars ficámos a conhecer a sua vocação sacerdotal.

É preciso que cada cristão perceba e reconheça a importância do papel e da missão do sacerdote na Igreja de Cristo e na sociedade contemporânea.

Os sacerdotes são importantes não só pelo que fazem, mas também pelo que são, testemunhas e portadores da Boa Nova. Eles têm nas suas mãos o mistério de Cristo, Pastor e Porta das ovelhas.

O Cura d’Ars que se chamava P. João Maria Vianney, quando chegou a Ars encontrou uma povoação descristianizada. Começou por conquistar a simpatia, a confiança e a amizade das pessoas, sobretudo em família. Mas estava consciente de que não bastava conquistar os corações, pois era preciso convertê-los a uma verdadeira vida cristã. Para isso fazia grandes mortificações e passava a maior parte do dia, e por vezes da noite, a rezar diante do sacrário. O seu exemplo de vida começou a atrair algumas pessoas à Missa dominical, a outras orações e à catequese. Passados alguns anos, a povoação de Ars tinha-se convertido. Os pobres já não estavam abandonados e os senhores já tratavam dignamente os seus criados. Fundou uma casa “A Providência” para raparigas pobres e abriu uma escola para rapazes.

A reputação da Paróquia começou a atrair multidões, acorrendo de todo o mundo. Ele diz do padre: “O Padre é um homem que assume o lugar de Deus… que pode atribuir a si as palavras de Jesus: Ide! Como o Pai me enviou, também Eu vos envio… Todo o poder Me foi dado no céu e na terra. Ide e instruí todas as nações.”   Vede o poder do Padre! Na consagração diz: “Isto é o meu Corpo”… e a sua língua converte um pedaço de pão no próprio Deus. Dizia: “Respeitem os Padres e rezai por eles, porque eles rezam todos os dias por vós. Rezai muito, para que Deus vos envie bons Padres”.

Entretanto, aos Domingos a igreja estava sempre repleta, por ocasião das Missas, da Oração da Tarde “Vésperas”, da Catequese e da oração do Rosário. Foi preciso alargar a igreja.

Dedicava-se ao atendimento no Confessionário até altas horas da noite. Ele exaltava o sacramento da Eucaristia, a Comunhão e a Adoração ao Santíssimo Sacramento. Ele dizia: “O alimento da alma é o Corpo e o Sangue de Deus. Que belo alimento!… Meus filhos, não há nada tão grande como a Eucaristia!”.

Ele passava horas a fio diante do Santíssimo Sacramento do Altar. Ele dizia: “Nosso Senhor está lá escondido, à espera de que O vamos visitar e dirigir-lhe as nossas preces. Vede como Ele é Bom!”.

Ele exortava os cristãos a praticar obras de caridade, visitando os idosos, pessoas isoladas ou doentes, sobretudo ao Domingo.   O Cura d’Ars tinha um particular cuidado em chamar a atenção dos seus paroquianos para a importância da Palavra de Deus, que é também uma forma de presença de Deus. Por isso dava muita importância à Catequese.

Muito mais coisas se pode dizer dele, sobre a Oração, Nossa Senhora e sobre o sofrimento. Lembro a proposta de Jesus: “Sede perfeitos como o Pai celeste é perfeito!

P. Batalha

A OFERTA DA QUARESMA É O PERDÃO

Marcador da Palavra para a 5ª Semana da Quaresma>>

Muros do Templo – na parte do átrio das mulheres

A liturgia de hoje fala-nos (outra vez) de um Deus que ama e cujo amor nos desafia a ultrapassar as nossas escravidões para chegar à vida nova, à ressurreição.

A primeira leitura apresenta-nos o Deus libertador, que acompanha com solicitude e amor a caminhada do seu Povo para a liberdade. Esse “caminho” é o paradigma dessa outra libertação que Deus nos convida a fazer neste tempo de Quaresma e que nos levará à Terra Prometida onde corre a vida nova.

A segunda leitura é um desafio a libertar-nos do “lixo” que impede a descoberta do fundamental: a comunhão com Cristo, a identificação com Cristo, princípio da nossa ressurreição.

O Evangelho diz-nos que, na perspectiva de Deus, não são o castigo e a intolerância que resolvem o problema do mal e do pecado; só o amor e a misericórdia geram activamente vida e fazem nascer o homem novo. É esta lógica – a lógica de Deus – que somos convidados a assumir na nossa relação com os irmãos.

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CAMINHADA BAPTISMAL

O Caminho do Baptismo é de uma Vida nova e a Caminhada Quaresmal é para uma vida renovada pela misericórdia feliz do Pai que faz festa ao filho que regressa, que se reconcilia.

No Evangelho deste domingo, que é a história do pai que tinha dois filhos e o mais novo saiu de casa, Jesus revela-nos um Deus que vai ao encontro dos seus filhos para os acolher: vai comovido, a correr, ao encontro do filho que tinha saído de casa, desejoso de o conduzir ao lar que abandonara, para lhe restituir uma vida digna e livre.

O filho mais novo ensina-nos qual é a nossa caminhada penitencial:

1º – É preciso parar e reflectir: “Caindo em si, disse”…Tomou consciência de que a busca desregrada dos prazeres, a droga, a liberdade absoluta, os falsos amigos enjoaram-no; sente-se a morrer à fome; não encontrou a felicidade que desejava. Então decidiu. A conversão resulta de uma opção consciente e madura.

2º – Há que reconhecer e assumir o passado de rebeldia e egoísmo: “E eu aqui a morrer à fome…Quem leva uma vida desregrada tem medo de si mesmo, não quer ficar nem um instante sozinho, tem medo do silêncio que o obriga a pensar. O sofrimento faz a pessoa cair em si mesmo.

3º – Há que acreditar na bondade do Pai “Quantos trabalhadores… Vou ter com meu pai”…

4º – É necessário agir com decisões práticas “Pôs-se a caminho”…

5º – E com sinceridade, com palavras sinceras “pai, pequei”…

6º – E atitudes de humildadeJá não mereço”…

Cada um de nós poderá perguntar a si mesmo: “Sou eu o irmão mais novo ou o irmão mais velho? Ambos precisam de se converter, de se reconciliar com o pai e com o irmão.

Vejamos o filho mais velho:

1. – Os cristãos que não se confessam, porque não têm pecados “Nunca transgredi uma ordem tua”.

2. – Os que não vão à Missa, porque os que lá vão são piores “Esse teu filho que consumiu os teus bens”…

3. – Os interesseiros e oportunistas, porque embora ‘praticantes’, Deus nunca os favoreceu economicamente “…e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa”.

Reparemos nas atitudes do pai: nem esperou que o filho perdido lhe pedisse alguma coisa.. Quando o avistou ao longe, porque tinha a porta aberta, encheu-se de compaixão com um amor de pai e de mãe; correu para ele, tal era a saudade que sentia pelo filho; lançou-se-lhe ao pescoço, como se faz a um grande amigo, cobriu-o de beijos e nisto está dito todo o seu amor.

O Deus que Jesus me dá a conhecer, para quem me conduz, tem o rosto do pai que sai de casa e vem ao meu encontro “comovido”, impulsionado pelo seu amor que nunca desfalece, para cuidar de mim, para que eu compreenda que a liberdade e a vida não estão garantidas, não florescem longe d’Ele, do seu Amor, para que não esteja com Ele como um servo que executa as ordens à espera de uma recompensa, mas como um filho que sabe que, com Ele, já possui uma grande herança.

P.Batalha

SEM AMOR NÃO HÁ PERDÃO

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Marcador para a 4ª Semana da Quaresma

Nesta basílica do Santo Sepulcro o Filho voltou ao Pai

A liturgia de hoje convida-nos à descoberta do Deus do amor, empenhado em conduzir-nos a uma vida de comunhão com Ele.

O Evangelho apresenta-nos o Deus/Pai que ama de forma gratuita, com um amor fiel e eterno, apesar das escolhas erradas e da irresponsabilidade do filho rebelde. E esse amor lá está, sempre à espera, sem condições, para acolher e abraçar o filho que decide voltar. É um amor entendido na linha da misericórdia e não na linha da justiça dos homens.

A segunda leitura convida-nos a acolher a oferta de amor que Deus nos faz através de Jesus. Só reconciliados com Deus e com os irmãos podemos ser criaturas novas, em quem se manifesta o homem Novo.

A primeira leitura, a propósito da circuncisão dos israelitas, convida-nos à conversão, princípio de vida nova na terra da felicidade, da liberdade e da paz. Essa vida nova do homem renovado é um dom do Deus que nos ama e que nos convoca para a felicidade.

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CRISTO SACERDOTE – VISITA DA IMAGEM PEREGRINA

A Imagem Peregrina de Cristo Sacerdote iniciou a sua visita  às nossas terras em Pregança e passará nas igrejas, uma semana em cada Paróquia: em S. Bárbara de 7 a 14 e em Ribamar de 14 a 21 que irá levar à Lourinhã.

É um tempo especial de oração pelas Vocações.

CRISTO SACERDOTE É PEREGRINO

Guião da Visitação>> Guião -Visita Cristo Sacerdote

A Imagem de Cristo Sacerdote entra, em Pregança, às 16.30, neste Domingo na Paróquia de S. Bárbara, junto aos Depósitos d’Água. Há aí uma celebração de Saudação, após a qual segue em Procissão para a Igreja, com Missa às 17.00 h.

Programa desta Semana:

Dia 7, Domingo: 16.30 h – Recepção pelo povo, aos Depósitos d’Água: Saudação, Procissão e Missa; às 20.30 h – Adoração Eucarística

Dia 8 – 2ª-feira: 15.00 h – Oração do Rosário Sacerdotal; 18.30 h – Oração das Crianças da Catequese ; 21.00 h – Celebração pelas Vocações.

Dia 9 – 3ª-feira: 15.00 h – Oração do Rosário Sacerdotal e Confissões; 18.30 h – Oração das Crianças da Catequese; 20.00 h – Pregança, na 3ªfª vai  levá-la em procissão à Ventosa; 21.00 h – Missa e Encontro Quaresmal 2;

Dia 10 – 4ª-feira, na Ventosa: 15.00 h – Oração do Rosário Sacerdotal; Confissões; 18.30 h – Oração das Crianças da Catequese; 20.30 h – Missa pelas Vocações.

Dia 11 – 5ª-feira: 15.00 h – Oração do Rosário Sacerdotal; 18.30 h – Oração das Crianças da Catequese; 20.00 h – Ventosa vai  levá-la em procissão à Marquiteira que a recebe no Cruzeiro;21.00 h – Missa pelas Vocações e Adoração Eucarística.

Dia 12 de Março – 6ª-feira, na Marquiteira: 09.30 h – Missa pelos Sacerdotes; 15.00 h – Oração do Rosário Sacerdotal; 21.00 h – Oração Comunitária;

Dia 13 de Março – Sábado: 09.30 h – Oração do Anjo do Senhor e de Laudes; 15.00 h – Oração da Catequese  e confissões dos mais novos; 21 h – Adoração do SSmo Sacramento com Bênção às 22.30.

Dia 14 de Março – Domingo: 10.30 h – Oração do Anjo do Senhor e de Laudes. 11.15 h – Missa Dominical; 18.00 h – Celebração de Vésperas e despedida para levá-la em Procissão a Ribamar que vai recebê-la junto da casa de António Fontes: Saudação e Procissão; 19.00 h – Missa Dominical e Adoração Eucarística com Bênção.

O OFERTÓRIO É PARA OS SEMINÁRIOS.