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Archive for Dezembro, 2013

RELATÓRIO ANUAL

2014O Museu do Louvre tem 8,5 milhões de visitantes por ano. Em 2013, este blogue foui visto por cerca de 130,000 vezes aquele número.

Em 2013, foram publicados 78 novos artigos, fazendo com que o número total tenha subido para 900. Foram carregadas 45 fotografias, num total de 45 MB. Foram cerca de 4 fotografias por mês.O dia mais movimentado foi no dia 12 de maio com 2,354 visitantes. Neste dia, a visita mais popular foi ao “SANTUÁRIO DE FÁTIMA ONLINE E EM DIRETO“.Os visitantes do blogue vieram de 119 países diferentes !

A maioria deles vieram de Portugal, mas Brasil e Estados Unidos não ficaram muito longe.Em 2013, o artigo mais comentado foi “AMOR E IRMANDADE“.Os 5 comentadores mais ativos foram:

  1. Benjamin;
  2. H.C.M;
  3. Margarida;
  4. Ana;
  5. Ana Barbosa.

Em 2014, mantém acesa a luz da fé.

ONDE ESTÁ O TEU IRMÃO ?

aO Papa Francisco que no princípio de dezembro propôs à Igreja o seu programa pastoral com a Exortação “A alegria do Evangelho”, vem no início deste novo ano 2014, no Dia Mundial da Paz, propor esta reflexão “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”, com estes temas: “Onde está o teu irmão?” (Gn 4,9) e “E vós sois todos irmãos” (Mt 23,8).

Este Papa é um permanente desafio ao espírito e à ação. Interpela e propõe. Desinstala-nos do nosso comodismo e indiferença. Perturba-nos e revoluciona. Ele mesmo diz que não podemos ficar tranquilos perante a ditadura da economia sem rosto e as profundas desigualdades e as multidões da fome. Diz-nos claramente que a primazia deve ser dada aos pobres e aos mais vulneráveis e que estes devem ser os primeiros destinatários da ação da Igreja e dos sistemas políticos e financeiros.

Ele recorda:

  • O grave aumento da pobreza relativa, isto é, de desigualdades entre pessoas e grupos que convivem numa região específica ou num determinado contexto histórico-cultural;
  • As sucessivas crises económicas devem levar a repensar adequadamente os modelos de desenvolvimento económico e a mudar os estilos de vida;
  • As graves crises financeiras e económicas dos nossos dias – que têm a sua origem no progressivo afastamento do homem de Deus e do próximo, com a ambição desmedida de bens materiais, por um lado, e o empobrecimento das relações interpessoais e comunitárias, por outro – impeliram muitas pessoas a buscar o bem-estar, a felicidade e a segurança no consumo e no lucro fora de toda a lógica duma economia saudável;
  • São necessárias políticas eficazes que promovam o princípio da fraternidade, garantindo às pessoas – iguais na sua dignidade e nos seus direitos fundamentais – acesso aos «capitais», aos serviços, aos recursos educativos, sanitários e tecnológicos, para que cada uma delas tenha oportunidade de exprimir e realizar o seu projeto de vida”.

1ª Conclusão: Repensar o modelo económico e mudar o estilo de vida.

Nesta mensagem o Papa aborda os grandes problemas da pobreza e da fome, mas também o subdesenvolvimento, conflitos bélicos, migrações, poluição, desigualdade, injustiças, crime organizado e fundamentalismos – que limitam os direitos fundamentais de grande parte da humanidade.

Pega na pergunta bíblica: “Onde está o teu irmão?!…” e a afirmação: “E vós sois todos irmãos”. A fraternidade aprende-se no seio familiar. A família é a fonte da fraternidade que aí se aprende. E no domingo da Sagrada Família ele insiste que se cultive a fraternidade usando o tripé da relação: Com licença, Obrigado, Desculpe. Diz o Papa: “Em muitas sociedades, sentimos uma profunda pobreza relacional, devido à carência de sólidas relações familiares e comunitárias; assistimos, preocupados, ao crescimento de diferentes tipos de carências, marginalização, solidão e de várias formas de dependência patológica. Uma tal pobreza só pode ser superada através da redescoberta e valorização de relações fraternas no seio das famílias e das comunidades”, bem como do “desapego vivido por quem escolhe estilos de vida sóbrios e essenciais, por quem, partilhando as suas riquezas, consegue assim experimentar a comunhão fraterna com os outros”. Porque uma causa importante da pobreza é a falta de fraternidade entre os homens.

solidariedade cristã pressupõe que o próximo seja amado não só como «um ser humano com os seus direitos e a sua igualdade fundamental em relação a todos os demais, mas [como] a imagem viva de Deus Pai, resgatada pelo sangue de Jesus Cristo e tornada objeto da ação permanente do Espírito Santo», como um irmão. É precisa uma conversão do coração que permita a cada um reconhecer no outro um irmão do qual cuidar e com o qual trabalhar para, juntos, construírem uma vida em plenitude para todos. Este é o espírito que anima muitas das iniciativas da sociedade civil, incluindo as organizações religiosas, a favor da paz”

2ª Conclusão: Redescobrir a fraternidade e o serviço que edificam a paz.

Há necessidade de que a fraternidade seja descoberta, amada, experimentada, anunciada e testemunhada; mas só o amor dado por Deus é que nos permite acolher e viver plenamente a fraternidade…Nós, cristãos, acreditamos que, na Igreja, somos membros uns dos outros e todos mutuamente necessários, porque a cada um de nós foi dada uma graça, segundo a medida do dom de Cristo, para utilidade comum (cf. Ef 4, 7.25; 1 Cor12, 7). O serviço é a alma da fraternidade que edifica a paz”. Nesta mensagem o Papa apela ao desarmamento nuclear e ao respeito pelos direitos humanos; lembra as vítimas do tráfico de pessoas e pede o fim da violência.

Pe. Batalha

MARCADOR DA PALAVRA

Em tempo de Natal, celebrar a Família de Jesus, é uma oportunidade para renovar a alegria daqueles primeiros dias da Nova Criação, Deus feito Menino, nascido um de nós. Jesus Menino é a alegria de seus pais diante do milagre da vida.

Deixa crescer em ti o desejo de seres membro desta Família, deixa que a ternura destes dias cure as feridas do teu coração.

Na presença de Jesus, Maria e José dá início à tua semana de oração.

Marcador da Palavra para a semana de 29 de dezembro a 4 de janeiro – Natal -ano A

SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

As leituras deste domingo complementam-se ao apresentar as duas coordenadas fundamentais a partir das quais se deve construir a família cristã: o amor a Deus e o amor aos outros, sobretudo a esses que estão mais perto de nós – os pais e demais familiares.

O Evangelho sublinha, sobretudo, a dimensão do amor a Deus: o projecto de Deus tem de ser a prioridade de qualquer cristão, a exigência fundamental, a que todas as outras se devem submeter. A família cristã constrói-se no respeito absoluto pelo projecto que Deus tem para cada pessoa.

A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos de todos os que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma mais especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.

A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.

LITURGIA DOMINICAL

Marcador da Palavra – 4.ª Semana do Advento e Oitavas do Natal

O nascimento de Jesus deixou uma marca única na história que não será apagada.

Podes encontrar essa marca na literatura, na pintura, na música, podes encontrá-la nas capelas perdidas numa qualquer aldeia, ou nas grandes catedrais erguidas no centro de cidades antigas. Mas a marca onde o nascimento de Jesus é mais forte é na vida das pessoas que O acolhem e que se deixam transformar por Ele.

Enquanto houver vidas assim ninguém poderá apagar o nascimento de Jesus da memória dos homens.

Agradecendo estas vidas transformadas e oferecidas, dá início à tua semana de oração.

in http://www.passo-a-rezar.net/

Através de Maria, o Espírito virá ao povo

A liturgia deste domingo diz-nos, fundamentalmente, que Jesus é o “Deus-connosco”, que veio ao encontro dos homens para lhes oferecer uma proposta de salvação e de vida nova.

Na primeira leitura, o profeta Isaías anuncia que Jahwéh é o Deus que não abandona o seu Povo e que quer percorrer, de mãos dadas com ele, o caminho da história… É n’Ele (e não nas sempre falíveis seguranças humanas) que devemos colocar a nossa esperança.

O Evangelho apresenta Jesus como a incarnação viva desse “Deus connosco”, que vem ao encontro dos homens para lhes apresentar uma proposta de salvação. Contém, naturalmente, um convite implícito a acolher de braços abertos a proposta que Ele traz e a deixar-se transformar por ela.

Na segunda leitura, sugere-se que, do encontro com Jesus, deve resultar o testemunho: tendo recebido a Boa Nova da salvação, os seguidores de Jesus devem levá-la a todos os homens e fazer com que ela se torne uma realidade libertadora em todos os tempos e lugares.

in Portal dos Dehonianos

LITURGIA DOMINICAL (in Paróquia Nossa Senhora da Hora)

PRENDAS DE NATAL!

Natal lembra comemorações tradicionais; lembra o Menino Jesus e o seu presépio; lembra a Ceia de Natal e a sua Árvore; lembra as prendas de Natal e a troca de prendas; lembra as músicas de Natal e as iluminações natalícias; lembra o cabaz de Natal e as famílias pobres; lembra a fome e a solidariedade…

A árvore de Natal, que normalmente é o pinheiro, a sua forma triangular evoca a Santíssima Trindade que é Comunhão.

As prendas de Natal que trocamos nascem do grande dom com que Deus nos favoreceu. Por isso é Ele “a primeira Prenda”. Como nos diz a Escritura sagrada: «um Menino nasceu e um Filho nos foi dado».

Deus faz-se presente. Encarnou a nossa humanidade. Porque Deus muito nos ama e nos amou primeiro, Ele é o Emanuel – Deus connosco, que nos perdoa e nos ama até ao sacrifício da cruz. Por isso as “Prendas – são presentes de amor, da amizade, de gratidão” . Assim nos ensina a amar como Ele amou. Ele deu-nos o céu e a terra: as estrelas, as árvores e os animais, os peixes do mar e as aves… Deus deu-nos sobretudo o Seu Filho para que quantos acreditarem possuam a Vida eterna. Sintamo-nos contentes, felizes e confiantes.

Os cristãos com aqueles sinais olham para o Presépio e contemplam o Menino Jesus e descobrem o AMOR de Deus que vem salvar a humanidade e guiá-la por novos caminhos.

Centrado em Jesus, o Natal há de ter em nossas casas a sua representação própria: o presépio.

Contemplando-O, encontramos n’Ele sentido da dádiva e entrega gratuita ao outro, encontramos sentido para voluntariado na luta contra a fome e a pobreza; pois a Fé atua pela caridade.

Natal é Deus que vem à procura do homem perdido. Por isso, escuta este apelo: “Deixa Deus entrar na tua própria casa”, para que não aconteça outra vez, como em Belém, não haver lugar para Jesus nascer.

Natal é Deus que se aproxima e vem para transformar os corações e o olhar, para que cada um aprenda a ver no outro, não um concorrente que deve combater, mas um irmão que deve amar, com quem deve partilhar com gestos de solidariedade. O espírito de Natal é fraternidade, paz e alegria partilhadas.

Hoje, como ontem, o Natal não é só um acontecimento passado, mas presente e futuro. É exaltada a grandeza do Verbo de Deus que se fez Homem, mas ao mesmo tempo admira-se a humanidade e a humildade do Senhor que veio viver cada momento da nossa vida, desde o nascimento à morte, desde a alegria ao sofrimento, santificando todos os acontecimentos da vida humana.

Este tempo de Advento é, pois, tempo de deserto, mas é também tempo de expectativa, de partilha, de esperança, de renovação e é tempo de alegria. “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador!” Alegrai-vos sempre no Senhor! Feliz Natal!

P. Batalha

Marcador da Palavra – 3.ª Semana do Advento

Imagina que estás à espera de alguém muito querido e não consegues deixar de pensar nisso. A tua oração também pode ser assim… vais celebrar o nascimento de Jesus e não consegues deixar de pensar nisso.

Pede ao Senhor de aguardares com alegria a celebração do seu Natal.

A alegria que nasce da fé, se alimenta da esperança e dá frutos de caridade. Com este desejo deixa-te ficar em paz no coração de Deus e começa assim a tua semana de oração.

Descobrir Deus no irmão débil liberta-nos de prisões

A liturgia deste domingo lembra a proximidade da intervenção libertadora de Deus e acende a esperança no coração dos crentes. Diz-nos: “não vos inquieteis; alegrai-vos, pois a libertação está a chegar”.

A primeira leitura anuncia a chegada de Deus, para dar vida nova ao seu Povo, para o libertar e para o conduzir – num cenário de alegria e de festa – para a terra da liberdade.

O Evangelho descreve-nos, de forma bem sugestiva, a acção de Jesus, o Messias (esse mesmo que esperamos neste Advento): Ele irá dar vista aos cegos, fazer com que os coxos recuperem o movimento, curar os leprosos, fazer com que os surdos ouçam, ressuscitar os mortos, anunciar aos pobres que o “Reino” da justiça e da paz chegou. É este quadro de vida nova e de esperança que Jesus nos vai oferecer.

A segunda leitura convida-nos a não deixar que o desespero nos envolva enquanto esperamos e aguardarmos a vinda do Senhor com paciência e confiança.

LITURGIA DOMINICAL:

IGREJA… novo estilo!

RTX11XX9O NATAL E O PAPA FRANCISCO

Com o papa Francisco, o Natal chegou mais cedo. Até porque natal acontece todos os dias, pois todos os dias nascem crianças. A encarnação é acontecimento permanente.

Com a chegada do Papa Francisco está a surgir um novo estilo de ser Igreja. Desde logo que ele se apresentou à multidão da Praça de São Pedro com a sua simplicidade e o seu sorriso, com a sua autenticidade a seguir, recusando o carro oficial, os sapatos e o seu gesto de ir pagar a sua estadia no hotel e o facto de ele não se querer isolar nos aposentos oficiais dos papas e depois explicar que não gosta de viver sozinho. Por isso optou por ir viver para a residência de Santa Marta, para se sentir em comunidade.

A multiplicação de pequenos gestos com grande significado acompanhados com mensagens de humildade, verdade e autenticidade, manifestando uma Igreja que ele quer mais pobre e ao serviço dos pobres, uma Igreja de proximidade e menos burocrática e formal, para curar feridas e aquecer corações, uma Igreja Mãe e pastora, da misericórdia e do bom samaritano, uma Igreja que saia de si mesma e vá ao encontro de quem não a frequenta, uma Igreja de portas abertas a todos e não para pessoas selecionadas. Os seus gestos de ternura para com as crianças e os doentes… Porque o que faz a Igreja não é a sua estrutura e organização. O que faz com que a Igreja exista é a sua ligação vital a Jesus Cristo morto e ressuscitado. A Igreja não existe por si mesma nem para si mesma. Ela é a missão do Ressuscitado na história para que todos e tudo tenham vida.

Logo no início do seu pontificado ele propôs três dinamismos: caminhar à Luz do Senhor, edificando a Igreja e confessando, testemunhado a Fé pelas obras da caridade.

O Papa Francisco abre caminhos de renovação da Igreja, pondo ele os pés ao caminho como bom pastor para que as ovelhas o sigam. Aliás o nosso Patriarca ao entrar na nossa Diocese propôs-nos: “Este nosso mundo de hoje precisa urgentemente de comunidades de acolhimento e missão”; e fala-nos da “urgência de uma Igreja mais dinâmica e participativa, discipular e missionária, próxima e acolhedora, ao estilo de Jesus, Bom Pastor”, citando a Nota Pastoral “Promover a renovação pastoral da Igreja em Portugal”.

O Papa Francisco lançou-nos grandes desafios que fazem nascer uma nova atitude e um novo estilo de ser Igreja e ser cristão, com o lançamento do Questionário preparatório do Sínodo sobre a Família, a encíclica “Luz da Fé” e a Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”. Sobretudo este texto mostra bem o pensamento do Papa e o estilo que tanta surpresa tem causado à Igreja e tanto entusiasmo tem despertado.

O Papa quer recuperar a frescura original do Evangelho, libertando-nos dos nossos esquemas monótonos. Quer uma nova evangelização caracterizada pela alegria da Fé; uma renovação a partir do Evangelho. Quer uma Igreja aberta, acolhedora, misericordiosa. Quer diálogo e encontro com todos. Quer que a Igreja seja uma voz profética.

É assim que é Natal com o Papa Francisco. Feliz e Santo Natal. Boas Festas !

Pe. Batalha