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Archive for Janeiro, 2010

SAMUEL – chamado a ser Profeta e Mediador entre Deus e o Povo

Na 6ª feira, em Stª. Bárbara, tivemos o Pe. Paulo Malícia (Director Diocesano da Catequese) a falar-nos com entusiasmo sobre “SAMUEL – chamado a ser Profeta e Mediador  entre Deus e o Povo”.

Na próxima sessão da Escola Paroquial, na próxima sexta-feira, dia 5 de Fevereiro, em Ribamar, será a vez do Pe. Filipe, do Seminário de Penafirme, a falar-nos de David – Chamado a promover a Justiça.

No passsado dia 15 de Janeiro, o Pe. Joaquim Martins abordou o tema “Abraão, chamado a ser o Pai da Bênção do Povo”:

CRUCIFIXO DO HAITI – Ergue a Solidariedade de Deus

Peregrina, por todo o mundo da comunicação social, o Crucifixo da catedral do Haiti. Dos escombros que sepultaram o Bispo e quantos outros ergue-se ileso o Crucifixo, a dizer: aqui estou crucificado a dizer que estou convosco e partilho do vosso sofrimento. Faz-nos trazer à memória a imagem daquele adolescente que, ao fim de 8 dias, ao sair dos escombros diz que foi Deus que o salvou. Deus ergue-se na cruz como sinal de solidariedade e de braços abertos, como que a dizer: Tende Fé e Esperança…estou convosco!

Porque é que tanta gente vive como se Deus não existisse ?!

O homem sem Deus é um homem perdido e desorientado; e quantas vezes exasperado !…

Em que é que isto se vê ?

Temos aí a crise da sociedade. É uma crise que antes de ser económica e financeira, ela é uma crise de valores. Se estes fossem vividos, os comportamentos humanos seriam diferentes. É a febre de ter mais, ter muito e mostrar que se tem mais que outros. Essa ganância cega de satisfazer todos os desejos materiais afasta-nos das realidades espirituais. Assim Deus não conta e a indiferença religiosa tenta apagar do horizonte os valores que disciplinam e regem a harmonia, o equilíbrio e a paz.

Cultiva-se o individualismo, promove-se a libertação sexual que é libertinagem, cultiva-se a satisfação insaciável dos instintos, o desprezo pela instituição familiar com a escandalosa facilidade do divórcio.

Por isso, em vez da alegre partilha impera o narcisismo de auto-idolatria; em vez do sentido comunitário e do bem comum, prolifera o individualismo de acumular riquezas exibicionistas; em vez da solidariedade cultiva-se a competição e a agressividade; em vez da partilha comunitária promove-se o consumismo supérfluo.

Assim Deus é um incómodo, um empecilho e convém que Ele não exista; daí os indiferentes e agnósticos e toda essa guerra aos símbolos religiosos. O Cardeal Patriarca, há dias, no Fórum “Pensar a Escola. Preparar o Futuro” disse: “A guerra aos símbolos religiosos na Europa é um sinal preocupante

Contra a degradação dos valores morais, o povo italiano revoltou-se e uniu-se. Está a fazer frente à União Europeia. Está-se a travar uma campanha de colocar de novo os crucifixos em todo o país – precisamente o contrário do que os juízes de Estrasburgo pretendiam.  Tony Blair, Primeiro Ministro inglês, numa entrevista diz: “A religião desempenha um papel central e único na Sociedade e para o progresso”.

Pe. Batalha

EU ESTOU CONTIGO PARA TE SALVAR

À esquerda, últimas casas de Nazaré e monte do precipício

O tema da liturgia deste domingo convida a reflectir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”.

A primeira leitura  apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Jahwéh, Jeremias vai arrostar com todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus.

 

 O Evangelho apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré (eles esperavam um Messias espectacular e não entenderam a proposta profética de Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus.

A segunda leitura parece um tanto desenquadrada desta temática: fala do amor – o amor desinteressado e gratuito – apresentando-o como a essência da vida cristã. Pode, no entanto, ser entendido como um aviso ao “profeta” no sentido de se deixar guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão fará sentido.

MOISÉS, CHAMADO A LIBERTAR O POVO

“A Palavra de Deus chama e envia” e neste sentido a Escola Paroquial viu, na 6ª feira, “Moisés – chamado a libertar o Povo”. Assim, o nosso Catequista Francisco de Assis com o seu Grupo de Catequese apresentou-nos a vocação e missão de Moisés libertador da escravidão do Egipto, prefigurando e preanunciando a Pessoa de Jesus, como novo Moisés. A bela história de libertação do povo hebreu, , quando escravo no Egipto, acontece  por volta de 1200 anos a.C. Uma libertação cheia do amor de Deus pelo povo, passando o Mar Vermelho, caminhando pelo deserto, rumo à terra prometida, libertando-se e organizando-se. Foi a Palavra de Deus que pôs o homem a caminhar e que o acompanhou na sua peregrinação pelas distâncias das terras da Promessa, levando consigo a Sua Tenda e falando com o homem como um amigo fala ao seu amigo. Estabeleceu com ele uma Aliança que não mais o deixaria ao acaso, nem órfão em terra estrangeira. Foi a Palavra de Deus que iluminou as noites do deserto e abriu caminho aos profetas e aos santos. Foi ela que manteve acesa a chama da esperança, por terras inóspitas e por becos sem saída. Foi a Palavra de Deus que acendeu o Monte Sinai  e fez de um roteiro às escuras uma estrada de Luz.

Na próxima sexta-feira, em Stª. Bárbara, vamos ter o Pe. Paulo Malícia (Director Diocesano da Catequese) a apresentar “SAMUEL – chamado a ser Mediador  entre Deus e o Povo”.

TERRAMOTO NO HAITI – apelo àsolidariedade

“O terramoto do Haiti atingiu proporções inimagináveis. Quem não se comoveu com aquelas imagens. A nossa partilha fraterna, expressão do amor que nos une a esses irmãos só pode ser generosa. Não recusemos aliviar, com a nossa generosidade, um pouco daquela dor. A Igreja Católica do Patriarcado de Lisboa quer associar-se a essa onda imensa de solidariedade suscitada em todo o mundo. Assim, sentiremos que a caridade nos projecta para a universalidade. Haverá um ofertório diocesano, realizado nas celebrações dos próximos domingos”. – da Carta do Cardeal Patriarca a todos os fiéis da Diocese de Lisboa.

Quem é que não está chocado com a tragédia do Haiti provocada pelo sismo (7.3 da escala de Richter) que deixou o país destruído !?!  Milhares de mortos, milhares de soterrados, milhares de feridos, milhares de desalojados, milhares de esfomeados, inúmeros edifícios destruídos…confusão, muita confusão… muita dificuldade na organização. Num país sem infra-estruturas, desorganizado, com dificuldades de comunicação, sem telefones, com estradas fracas, com um aeroporto muito limitado para receber os voos com a ajuda, todas as dificuldades próprias duma tragédia desta dimensão tornam-se ainda maiores. Entre as muitas casas destruídas estão igrejas e instituições sociais – ficou destruída a catedral e morreu o Arcebispo e o vigário geral da Diocese.  O Haiti é o país mais pobre do mundo ocidental, com 80% da população a viver abaixo do limiar da pobreza. Faz parte da sua história já vários desastres naturais: sismos, tempestades tropicais, furacões …Quantos anos e gerações não vão demorar a reconstruir este país ??? Por aquilo que investiguei sobre a sua história, também a sua crónica instabilidade política não ajuda nada. As suas deficientes estruturas explica porque é que tanta ajuda humanitária não se tornou eficiente. É certo que o terramoto destruiu as poucas estruturas que haviam. Por isso é um país que vai ficar muito dependente do auxílio externo, sujeito a muitas interferências de ordem política.. Não deveria ser a ONU a actuar ?!?

Uma lição devemos tirar. A nível interno, os países deveriam investir muito a sério em programas de protecção civil, com equipas de intervenção rápida sempre com prontidão. “Estamos a ver as barbas do vizinho a arder !” – diz o ditado. Há que tirar lições das tragédias, para nos prepararmos  para o futuro, se vier a acontecer.

P. Batalha

QUE LUGAR TEM A BÍBLIA NA MINHA VIDA?

Escola Paroquial será só as sessões que estamos a fazer à 6ª feira, de Janeiro à Páscoa ? – De certa maneira é, pelo sentido estrito que damos a estas sessões. Porém, a nossa aprendizagem cristã, em princípio, começa na Família, é a escola familiar. É aí que devemos dar os primeiros passos. Mas para além da escola familiar podemos nomear outros meios, tais como a Catequese da paróquia, os diversos Grupos ou Movimentos; com as suas diversas actividades. Tudo isso contribui para podermos crescer em sabedoria e em graça diante de Deus e dos homens ou seja tornar-nos cristãos adultos comprometidos. E quando sabemos aproveitar o que nos acontece no dia a dia  meditando à luz da Fé, também a vida é uma grande escola.

Em todas estas “escolas” quais são os livros que nos orientam na instrução ?

– A resposta é simples e clara: A BÍBLIA.

Pretende-se levar os cristãos e as comunidades  a assumir a Palavra de Deus como luz para a vida: alimento da oração, formação da comunidade e sustento da missão. Por isso, como verificais, tudo concorre neste mesmo sentido. A Escola Paroquial é toda ela à base da Bíblia. Vêmais adiante. Tem como lema “A Palavra de Deus chama e envia”.

Já nesta mesma direcção aconteceu “A Visitação da Palavra Peregrina” às nossas terras, ruas e famílias… a nossa Catequese das paróquias é marcadamente bíblica com os Catecismos: Litúrgico (2ºe 3º anos), “o Pão da Vida” no 4ºano a preparar a Primeira Comunhão, “Vem Espírito Santo” a preparar para o Crisma; e para todos a recomendação do “Cantinho da Bíblia”,distribuindo semanalmente o “Marcador”com sugestão de leitura para cada dia… e o “Farol” com as leituras do domingo.

Muitas são as famílias que já têm a Bíblia em casa, mas não basta tê-la. É preciso tê-la em lugar próprio – chamemo-lo Cantinho da Bíblia – e venerá-la, lendo-a, rezando com ela. Porque “desconhecer a Bíblia é desconhecer Jesus Cristo”, diz-nos S. Jerónimo.

Só nos podemos dizer cristãos se nos afeiçoarmos à Palavra de Deus. Se a Bíblia é o livro por excelência do Povo de Deus, devemos dar-lhe um lugar de relevo na nossa vida. Se nos afeiçoarmos à Palavra de Deus, vamos descobrindo os valores, os ideais, os critérios de acção, e as atitudes que nos vão identificando com Cristo

Os frades Capuchinhos têm sido os grandes impulsionadores do Movimento Bíblico em Portugal, promovendo Semanas Bíblicas, Cursos Bíblicos, Retiros Bíblicos, Dias Bíblicos, publicações bíblicas, a revista “BIBLICA”,  Grupos Bíblicos, Encontros dos Grupos Bíblicos, etc… Que lugar tem a Palavra de Deus, na tua casa, na tua família, na tua vida ?

P. Batalha

O REINO, UMAS BODAS COM BOM VINHO

Caná da Galileia

Caná da Galileia

A liturgia de hoje apresenta a imagem do casamento como imagem que exprime de forma privilegiada a relação de amor que Deus (o marido) estabeleceu com o seu Povo (a esposa). A questão fundamental é, portanto, a revelação do amor de Deus. 

A primeira leitura define o amor de Deus como um amor inquebrável e eterno, que continuamente renova a relação e transforma a esposa, sejam quais forem as suas falhas passadas. Nesse amor nunca desmentido, reside a alegria de Deus.  

O Evangelho apresenta, no contexto de um casamento (cenário da “aliança”), um “sinal” que aponta para o essencial do “programa” de Jesus: apresentar aos homens o Pai que os ama, e que com o seu amor os convoca para a alegria e a felicidade plenas. 

A segunda leitura fala dos “carismas” – dons, através dos quais continua a manifestar-se o amor de Deus. Como sinais do amor de Deus, eles destinam-se ao bem de todos; não podem servir para uso exclusivo de alguns, mas têm de ser postos ao serviço de todos com simplicidade. É essencial que na comunidade cristã se manifeste, apesar da diversidade de membros e de carismas, o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 

————————————————————————————————-Nota: Informação recolhida em Evangelho Quotidiano, Dehonianos, Paulinas,Benedictines de Catalunya, h2onewspt, Living Space, Lugar Sagrado eHermanoleón Clipart.

ESCOLA PAROQUIAL

Iniciámos o 3º ano da nossa Escola Paroquial, dedicado à temática da Vocação na Bíblia e na Igreja, a partir da Palavra de Deus, que este ano teve honras especiais com a especial “Visitação” peregrina pelas nossas ruas.

Na Sexta-feira foi a abertura com um brilhante ensinamento sobre a Constituição da Igreja “Dei Verbum = O Verbo de Deus”, a Palavra que se fez Homem (e se faz  homem em nós) e habitou entre nós. Foi o P.Nuno Tavares, responsável pelo novo Instituto de Formação Cristã, do Patriarcado.

Apresentou-nos, duma forma muito agradável, este documento da Igreja que tínhamos na mão, sublinhando a importância da Palavra de Deus na nossa vida e na vida da Igreja. Mostrou-nos a riqueza do seu conteúdo. Aliás este documento foi divulgado, em Suplemento, no mês de Outubro, com o Farol, publicando um capítulo cada semana.

Na próxima 6ª feira, a 2ª sessão será, no Centro Pastoral de Santa Bárbara, sobre “Abraão – chamado a ser o Pai da Bênção do Povo”, e será animada pelo P. Joaquim Martins.

NAS ÁGUAS DO BAPTISMO JESUS SALVA-NOS

 
A liturgia deste domingo tem como cenário de fundo o projecto salvador de Deus. No Baptismo de Jesus nas margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projecto do Pai, Jesus fez-Se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado, empenhou-Se em promover-nos para que pudéssemos chegar à vida plena.

A primeira leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim… Animado pelo Espírito de Deus, Ele concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus.

No Evangelho, aparece-nos a concretização da promessa profética veiculada pela primeira leitura: Jesus é o Filho/”Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, Ele tornou-se pessoa, identificou-Se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de os promover e de os levar à reconciliação com Deus, à vida em plenitude.

A segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projecto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.

SE QUERES A PAZ CUIDA DA NATUREZA

 

Biodiversidade é vida - Biodiversidade é a nossa vida

Iniciamos o novo ano com diversos “Alertas” e “Apelos”, quer da parte dos políticos, quer da parte da Igreja. Porquê tanta advertência ?

Escutai, então, o que o Espírito diz ao teu povo que nesta passagem de ano se entregou à bebedeira, às orgias e aos gastos supérfluos, em tempo de crise e com tanta pobreza…

Abri os olhos e dai as mãos. Enfrentai a realidade dos problemas com responsabilidade. É o desemprego…São as questões da saúde e da educação…É a precaridade e a insegurança… São as tremendas desigualdades e a imoralidade… a exploração e a corrupção…etc…

A Vice-presidente da Comissão Justiça e Paz  não tem dúvidas de que a situação actual “é fruto da nossa liberdade… Somos responsáveis – ou irresponsáveis – pelos desequilíbrios, injustiças, assimetrias e vulnerabilidades que criámos, assim como a imensidade de pobres  que não se consegue conter”. Tarda a percepção da necessidade urgente de se alterarem comportamentos.

Os governantes e responsáveis têm deles consciência, nem todos da mesma maneira e a começar o ano falaram. Porém o Papa fala da necessidade de novos estilos de vida para mudar o mundo. O Cardeal Patriarca diz que só numa renovação de civilização a humanidade encontrará os caminhos da justiça e da paz. E diz que a Igreja tem consciência da sua responsabilidade em todas as grandes causas da humanidade, na busca da superação dos problemas com que esta se confronta em cada tempo, e os obreiros dessa contribuição da Igreja para o progresso da civilização são todos os cristãos, inseridos no realismo da sociedade dos homens.  

A Igreja não tem soluções técnicas para oferecer e não pretende de modo algum imiscuir-se na política dos Estados, mas tem uma missão ao serviço da verdade para cumprir, em todo o tempo e contingência, a favor de uma sociedade à medida do ser humano, da sua dignidade, da sua vocação”.

O Papa centra a sua mensagem do dia de Ano Novo – Dia Mundial da Paz – nos problemas ecológicos, reafirmando que “A Igreja tem a sua parte de responsabilidade pela Criação e sente que a deve exercer também em âmbito público, para defender a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador a todos, e antes de tudo para proteger o homem contra o perigo da destruição de si mesmo”. A Criação é fonte de paz e harmonia e fermento de alegria que pacifica e harmoniza por dentro, para dominar ímpetos e violências. Infelizmente o homem com o pecado vai fazendo estragos com o egoísmo, o desejo de posse, o poder déspota, a ânsia de ter mais e melhor, a falta de respeito pelos outros… Assim a criação pode tornar-se lugar de luta, de guerra, de furto, de engano, de destruição do amor e da vida, de exploração criminosa, de burla viciada pela corrupção.

O Papa diz que a degradação da natureza está intimamente ligada à cultura que molda a convivência humana (…). Não se pode pedir aos jovens que respeitem o ambiente, se não são ajudados, em família e na sociedade, a respeitar-se a si mesmos; o livro da natureza é único, tanto sobre a vertente do ambiente como sobre a ética pessoal, familiar e social”.

E o nosso Patriarca diz “a solução para todos estes graves problemas da sociedade exige uma profunda revolução cultural e civilizacional, talvez passemos a pôr o acento onde ele deve ser posto: na educação, na família, na comunicação social, nas estruturas culturais, no fundo, na formação para a liberdade, cujo exercício legítimo supõe sempre a responsabilidade da promoção do bem-comum”. E diz o Bispo do Porto, D. Manuel Clemente: “A maior contribuição evangélica para uma ecologia integral é e será o “estilo” cristão de vida, próprio dos que se deixaram libertar por Cristo para a verdade essencial e a beleza absoluta, que n’Ele todas as coisas alcançam, repassadas de caridade universal. Na esteira e no Espírito de Jesus, Francisco de Assis e tantos outros deram ao mundo o que este mais requer: a adoração do Criador e a fruição cuidadosa e solidária dos recursos da criação”.

Começam já a haver muitos cristãos e outros a lutarem por esta causa e a optarem, juntamente com os filhos, por práticas ecológicas, como a poupança de água e electricidade, a separação do lixo ou o controlo dos gastos. São atitudes fundamentais que deviam entrar nos programas de vida. Estas alterações de comportamentos individuais – que não são fáceis, porque toda a sociedade está orientada para consumos excessivos – exigem que façamos um esforço concreto de educação, não só para as novas gerações, mas começando em nós próprios. Então, sim, um Feliz Ano Novo !

 P. Batalha

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