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Archive for Dezembro, 2012

VISITAÇÃO DO CONCÍLIO

“Abri nos corações a Porta da Fé!”

Reunimos, no passado Domingo, os Conselhos Pastorais para arrancar com a 2ª Etapa do nosso Programa Pastoral que vai ser a “Visitação do Concílio”. Depois desta 1ª etapa de divulgação dos Documentos do Concílio, a 2ª etapa será ir visitar o Concílio; poderíamos dizer que depois de bater à porta, vamos entrar e aprender com eles, o que eles nos ensinam, porque o Concílio “nasceu do coração de Deus por uma intuição do Bom Papa João XXIII”, como diz Bento XVI.

No Domingo de Reis, dia 6 de Janeiro, vai ser a Bênção do Andor do Concílio com as Imagens e os Documentos do Concílio e o novo Catecismo da Igreja Católica que foi elaborado a partir do Concílio Vaticano II.

As imagens são:  o Ícone da Trindade e Maria, Mãe da Igreja.

   Senhora

Neste Ano da Fé, o nosso Pastor, o Papa Bento XVI desafia-nos para a necessidade de redescobrir o caminho da Fé que iniciámos com o Batismo que nos une a Jesus para vivermos como Ele viveu. Como nos diz o nosso Bispo, o Cardeal Patriarca: “É um caminho comparável à experiência da peregrinação. Durante este ano somos convidados a percorrer este caminho, em Igreja, onde nos apoiamos uns aos outros, aprendemos uns com os outros e nos fortalecemos mutuamente, sabendo que é o Senhor quem nos guia”.

O Concílio trouxe elementos fundamentais para a renovação da Igreja: um novo modo de agir, mais voltado para o mundo e para as suas necessidades; o diálogo com a sociedade, a cultura e com as outras Igrejas e crenças; a consciência de que não é fugindo do mundo que se resolvem os problemas que têm origem nele; a valorização e a centralidade da Sagrada Escritura e da Liturgia na vida de Fé; e a conceção de que a Igreja são todos os batizados, clero e leigos, pois são osmembros do mesmo Corpo de Cristo, todos formamos o Povo de Deus e somos Templo do Espírito Santo.

Vamos organizar Grupos e com os Grupos que já existem vamos com o auxílio de umas fichas estudar e rezar alguns assuntos da nossa Fé, à luz dos principais Documentos do Concílio:

1.Sobre a Sagrada Liturgia: “A Liturgia contribui grandemente para que os fiéis exprimam na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação”(SC nº2).

2. Sobre a Igreja, Luz dos Povos : “Surge um novo modo de ser e de compreender a Igreja. De um modelo de Igreja como sociedade perfeita passa-se agora a uma pluralidade de imagens complementares entre si e orientadas pela perspetiva do mistério e da Trindade.”.

3. Sobre a Sagrada Escritura:  “O maior objetivo do Concílio era difundir a Palavra de Deus, em cumprimento do desejo de Jesus Cristo, que anunciou: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Notícia a toda a Humanidade” (DV nº 1).

4. Sobre a Igreja no mundo: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao género humano e à sua história. (GS nº 1 e 2)

P. Batalha

Marcador da Palavra para a 3.ª Semana do Advento-ano C

Este terceiro Domingo do Advento é também chamado Domingo da Alegria.

É um convite jubiloso a louvar o Senhor que Se faz próximo e vem ao encontro dos seus filhos.

Eis uma boa forma de começares a tua oração: não peças nada, não desejes nada, deixa-te ficar apenas louvando o Senhor que vem ao teu encontro hoje e todos os dias da tua vida.

Marcador da Palavra para a 3.ª Semana do Advento-ano C

Que devemos fazer?

S. Paulo convida-nos à alegria, propõe-nos que depositemos a nossa confiança na vinda do Senhor Jesus, que o profeta Sofonias antevê.

No Evangelho, encontramos duas interpelações fundamentais:

  • a primeira concretiza-se na pergunta “E nós, que devemos fazer?” e consequente resposta de Jesus;
  • a segunda diz respeito ao anúncio de Cristo feito por João Baptista.

Não devemos recear pormo-nos também nós aquela pergunta. Conscientes da iminência da vinda do Senhor Jesus, cada um de nós é chamado a viver este momento na esperança. A nossa alegria deve ser tão grande que seja capaz de conseguir captar a atenção dos nossos irmãos e entusiasmá-los a deporem o Pai Natal da riqueza para entronizarem o Menino Jesus na pobreza.

O batismo faz-nos partilhar como irmãos

O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: “e nós, que devemos fazer?” Preparar o “caminho” por onde o Senhor vem significa questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus.

O Evangelho sugere três aspetos onde essa transformação é necessária: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é “batizado no Espírito”, recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica.

A primeira leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse “caminho de conversão”, espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho connosco.

A segunda leitura insiste nas atitudes correctas que devem marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.

Marcador da Palavra para a 2.ª semana do Advento – Ano C

A oração, mesmo quando acontece na solidão, é sempre um encontro com outros:

  • encontro com Deus que está presente na tua vida, que é a tua realidade mais intima, tantas vezes sem teres consciência disso;
  • encontro com os irmãos que fazem parte da tua vida, mesmo quando te magoam e te deixam ficar mal.

Não deixes que nenhum destes encontros te passe ao lado durante esta semana de oração.

Marcador da Palavra para a 2.ª Semana do Advento – ano C

Preparai os caminhos do Senhor

A Palavra de Deus faz-nos hoje viajar até aos preparativos da pregação de Jesus, do seu ministério público.

A voz de João Batista, o precursor de Jesus, anuncia no deserto a missão histórica de Jesus e convida todos a preparar caminho ao Verbo de Deus que Se fez um de nós, que Se fez próximo de nós.

A salvação que o Messias nos veio trazer não é uma teoria, mas concretiza-se na história humana. Daí o apelo à conversão e à penitência.

Com João Batista, o mundo bíblico passa do tempo da promessa ao tempo da realização.

Trabalhar pela igualdade é o caminho de Deus

Podemos situar o tema deste domingo à volta da missão profética. Ela é um apelo à conversão, à renovação, no sentido de eliminar todos os obstáculos que impedem a chegada do Senhor ao nosso mundo e ao coração dos homens. Esta missão é uma exigência que é feita a todos os baptizados, chamados – neste tempo em especial – a dar testemunho da salvação/libertação que Jesus Cristo veio trazer.

O Evangelho apresenta-nos o profeta João Batista, que convida os homens a uma transformação total quanto à forma de pensar e de agir, quanto aos valores e às prioridades da vida. Para que Jesus possa caminhar ao encontro de cada homem e apresentar-lhe uma proposta de salvação, é necessário que os corações estejam livres e disponíveis para acolher a Boa Nova do Reino. É esta missão profética que Deus continua, hoje, a confiar-nos.

A primeira leitura sugere que este “caminho” de conversão é um verdadeiro êxodo da terra da escravidão para a terra da felicidade e da liberdade. Durante o percurso, somos convidados a despir-nos de todas as cadeias que nos impedem de acolher a proposta libertadora que Deus nos faz. A leitura convida-nos, ainda, a viver este tempo numa serena alegria, confiantes no Deus que não desiste de nos apresentar uma proposta de salvação, apesar dos nossos erros e dificuldades.

A segunda leitura chama a atenção para o facto de a comunidade se dever preocupar com o anúncio profético e dever manifestar, em concreto, a sua solidariedade para com todos aqueles que fazem sua a causa do Evangelho. Sugere, também, que a comunidade deve dar um verdadeiro testemunho de caridade, banindo as divisões e os conflitos: só assim ela dará testemunho do Senhor que vem.

SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA

Na Solenidade da Imaculada Conceição somos convidados a equacionar o tipo de resposta que damos aos desafios de Deus. Ao propor-nos o exemplo de Maria de Nazaré, a liturgia convida-nos a acolher, com um coração aberto e disponível, os planos de Deus para nós e para o mundo.

A segunda leitura garante-nos que Deus tem um projeto de vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher – um projeto que desde sempre esteve na mente do próprio Deus. Esse projeto, apresentado aos homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida, total e sem subterfúgios.

A primeira leitura mostra (recorrendo à história mítica de Adão e Eva) o que acontece quando rejeitamos as propostas de Deus e preferimos caminhos de egoísmo, de orgulho e de autossuficiência… Viver à margem de Deus leva, inevitavelmente, a trilhar caminhos de sofrimento, de destruição, de infelicidade e de morte.

O Evangelho apresenta a resposta de Maria ao plano de Deus. Ao contrário de Adão e Eva, Maria rejeitou o orgulho, o egoísmo e a autossuficiência e preferiu conformar a sua vida, de forma total e radical, com os planos de Deus. Do seu “sim” total, resultou salvação e vida plena para ela e para o mundo.

MARCADOR DA PALAVRA – Semana I do Advento, ano C

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Começar o Caminho do Advento

O Advento diz-se sem penalidades de esperança.

Espera-se e prepara-se o Natal como se nunca tivesse acontecido.

Espera-se e prepara-se a vinda de Deus na nossa “carne”, como se fosse a primeira vez.

É uma esperança enraizada no coração da humanidade, uma esperança que não engana porque bebe das fontes da eternidade.

Deixa que o Advento, a esperança, marque o ritmo dos teus dias e com o desejo de que assim seja, começa a tua semana de oração.

Marcador da Palavra para a 1.ª semana do Advento

Vigiai e orai em todo o tempo

https://i0.wp.com/www.diocese-braga.pt/acaminho/subsidios/10_c/i_advento_c.jpgPodemos “partir” em duas partes o Evangelho que vamos escutar hoje: na primeira, Jesus anuncia a vinda do Filho do Homem, que é Ele próprio. Os sinais cósmicos que acompanharão esta vinda em glória e poder remetem-nos, em certa medida, para os sinais que anunciaram o nascimento de Jesus na pobreza de uma manjedoura. No entanto, é diferente a reacção dos destinatários: se em Belém os pastores ficaram maravilhados, esta segunda vinda gerará a angústia, o pavor, a expectativa mortal.

Mas Jesus recomenda aos seus discípulos que não temam este dia, porque ele é sinal de que a redenção está próxima. Só que, como nos explica a segunda parte do Evangelho, não basta não temer: é necessário ter cuidado, não ocupar o coração com o peso do que é inútil ou até prejudicial, para que esse dia não nos apanhe desprevenidos. Numa palavra, é necessário vigiar. E fazê-lo orando.

Na segunda leitura, S. Paulo explica aos cristãos de Tessalónica, de origem grega, o momento da vinda do Senhor com todos os seus santos.

Finalmente, o profeta Jeremias anuncia-nos já a seguir o início da dinastia de David como um tempo de esperança e salvação para Jerusalém.