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Archive for Julho, 2012

MARCADOR DA PALAVRA – 16.ª semana do Tempo Comum

No verão, não esqueças de encontrar um tempo para Deus.

Faz teu este cântico de louvor saído dos lábios da Virgem Maria:

«A minha alma glorifica o Senhor

e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador».

Não deixes de repetir com o coração estas palavras para que a Mãe do Céu venha em teu auxílio com a sua intercessão.

Não deixes de a ter presente para que te ensine a caminhar ao encontro do Senhor e, assim, começa a tua semana de oração.

Marcador da Palavra para a 16.ª semana do Tempo Comum

ERAM COMO OVELHAS SEM PASTOR – 16.º Domingo do Tempo Comum

Regressados da sua pregação, os apóstolos relatam ao Senhor os sucessos alcançados. Jesus convida-os a descansar e a refletir; Ele mesmo mostra-lhes como evangelizar as multidões, tornando-se, assim, pastores do rebanho de Deus.

Na Bíblia, também os reis e sacerdotes do povo de Israel nos aparecem frequentemente sob a designação de pastores.

Jeremias, por exemplo, procura criar no povo a esperança no aparecimento de um outro Pastor que o conduza à vida e à realização dos desígnios do Senhor. Um Pastor capaz de trazer ao mundo a reconciliação, o perdão e a paz entre os Homens, assim tornados mais próximos de Deus, no mesmo Espírito de unidade.

NAVEGAMOS JUNTOS NA MESMA BARCA

A liturgia do 16º Domingo do Tempo Comum dá-nos conta do amor e da solicitude de Deus pelas “ovelhas sem pastor”. Esse amor e essa solicitude traduzem-se, naturalmente, na oferta de vida nova e plena que Deus faz a todos os homens.

Na primeira leitura, pela voz do profeta Jeremias, Jahwéh condena os pastores indignos que usam o “rebanho” para satisfazer os seus próprios projectos pessoais; e, paralelamente, Deus anuncia que vai, Ele próprio, tomar conta do seu “rebanho”, assegurando-lhe a fecundidade e a vida em abundância, a paz, a tranquilidade e a salvação.

O Evangelho recorda-nos que a proposta salvadora e libertadora de Deus para os homens, apresentada em Jesus, é agora continuada pelos discípulos. Os discípulos de Jesus são – como Jesus o foi – as testemunhas do amor, da bondade e da solicitude de Deus por esses homens e mulheres que caminham pelo mundo perdidos e sem rumo, “como ovelhas sem pastor”. A missão dos discípulos tem, no entanto, de ter sempre Jesus como referência… Com frequência, os discípulos enviados ao mundo em missão devem vir ao encontro de Jesus, dialogar com Ele, escutar as suas propostas, elaborar com Ele os projetos de missão, confrontar o anúncio que apresentam com a Palavra de Jesus.

Na segunda leitura, Paulo fala aos cristãos da cidade de Éfeso da solicitude de Deus pelo seu Povo. Essa solicitude manifestou-se na entrega de Cristo, que deu a todos os homens, sem exceção, a possibilidade de integrarem a família de Deus. Reunidos na família de Deus, os discípulos de Jesus são agora irmãos, unidos pelo amor. Tudo o que é barreira, divisão, inimizade, ficou definitivamente superado.

MARCADOR DA PALAVRA PARA A 15.ª SEMANA DO TEMPO COMUM

Só levava um bastão.

Nesta semana, deixa que a tua oração seja verdadeiramente um tempo para Deus. Um tempo para Deus agir em ti e falar ao teu coração.

Cultiva o silêncio interior, como um convite para que o Espírito Santo dê voz ao que nem sequer sabes dizer.

Põe-te, interiormente, a caminho seguindo Jesus como um discípulo que ainda nada aprendeu mas deseja tudo aprender do seu Mestre.

Se te for possível, procura manter esta atitude de despojamento depois de terminares esta tua semana de oração e o Senhor irá, certamente, cuidar de ti como só Ele sabe e pode.

Marcador da Palavra para a 15.ª semana do Tempo Comum

XV Domingo do Tempo Comum

Não tendo sido aceite na sua terra, Jesus tenta mais uma vez a conversão dos seus conterrâneos, enviando-lhes os seus discípulos, recomendando-lhes humildade, pobreza e desprendimento, para que o anúncio adquira verdadeira eficácia.

Na primeira leitura, o sacerdote do templo real de Betel pretende subornar espiritualmente o profeta Amós, mas ele denuncia corajosamente os erros e injustiças do rei.

Finalmente, em forma de bênção e com grande originalidade, S. Paulo expõe o conteúdo do mistério redentor pelo qual Deus salva todos os Homens, judeus e pagãos, em Cristo e por Cristo.

RECEBEMOS VIDA QUANDO A DAMOS

A liturgia do 15º Domingo do Tempo Comum recorda-nos que Deus atua no mundo através dos homens e mulheres que Ele chama e envia como testemunhas do seu projeto de salvação. Esses “enviados” devem ter como grande prioridade a fidelidade ao projeto de Deus e não a defesa dos seus próprios interesses ou privilégios.

A primeira leitura apresenta-nos o exemplo do profeta Amós. Escolhido, chamado e enviado por Deus, o profeta vive para propor aos homens – com verdade e coerência – os projetos e os sonhos de Deus para o mundo. Atuando com total liberdade, o profeta não se deixa manipular pelos poderosos nem amordaçar pelos seus próprios interesses pessoais.

A segunda leitura garante-nos que Deus tem um projeto de vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher – um projeto que desde sempre esteve na mente do próprio Deus. Esse projeto, apresentado aos homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida, total e sem subterfúgios.

No Evangelho, Jesus envia os discípulos em missão. Essa missão – que está no prolongamento da própria missão de Jesus – consiste em anunciar o Reino e em lutar objetivamente contra tudo aquilo que escraviza o homem e que o impede de ser feliz. Antes da partida dos discípulos, Jesus dá-lhes algumas instruções acerca da forma de realizar a missão… Convida-os especialmente à pobreza, à simplicidade, ao despojamento dos bens materiais.

Marcador da Palavra para a 14.ª semana do Tempo Comum – Ano B

Começa a tua semana recordando todos os benefícios que Deus te tem concedido:

  • a tua vida é o dom maior de Deus, mesmo com as dificuldades que a vida humana leva consigo;
  • o dom de conheceres Jesus Cristo como Senhor e Salvador é uma graça inestimável porque te ensina a viver de modo mais humano e te abre as portas da eternidade feliz no seio da Trindade;
  • a tua família, a Igreja, os amigos, … é difícil enumerar tudo quanto recebeste do Senhor.

Mostra-te agradecido(a) e deixa que este sentimento seja a estrada por onde conduzes a tua semana.

Marcador da Palavra para a 14.ª semana do Tempo Comum – Ano B

XIV Domingo do Tempo Comum

O ser humano diante de Deus conta apenas com a grandeza da sua disponibilidade para servir o Senhor.

“Vou enviar-te”, diz o Senhor ao profeta e diz-nos hoje também a nós, porque a Palavra de Deus não é uma palavra como as outras, mera recordação do passado, mas palavra para mim hoje, aqui e agora.

A fraqueza e a humilhação impedem que o egoísmo e o orgulho se manifestem. Deus escolhe instrumentos pobres e até inúteis aos nossos olhos para a construção do Seu Reino. É o exemplo dos santos, que não devemos ter apenas como intercessores mas como modelos de uma conduta de amor a que também nós somos chamados.

DEUS CHAMA E ENVIA

A liturgia deste domingo revela que Deus chama, continuamente, pessoas para serem testemunhas no mundo do seu projecto de salvação. Não interessa se essas pessoas são frágeis e limitadas; a força de Deus revela-se através da fraqueza e da fragilidade desses instrumentos humanos que Deus escolhe e envia.

A primeira leitura apresenta-nos um extrato do relato da vocação de Ezequiel. A vocação profética é aí apresentada como uma iniciativa de Jahwéh, que chama um “filho de homem” (isto é, um homem “normal”, com os seus limites e fragilidades) para ser, no meio do seu Povo, a voz de Deus.

Na segunda leitura, Paulo assegura aos cristãos de Corinto (recorrendo ao seu exemplo pessoal) que Deus atua e manifesta o seu poder no mundo através de instrumentos débeis, finitos e limitados. Na ação do apóstolo – ser humano, vivendo na condição de finitude, de vulnerabilidade, de debilidade – manifesta-se ao mundo e aos homens a força e a vida de Deus.

O Evangelho, ao mostrar como Jesus foi recebido pelos seus conterrâneos em Nazaré, reafirma uma ideia que aparece também nas outras duas leituras deste domingo: Deus manifesta-Se aos homens na fraqueza e na fragilidade. Quando os homens se recusam a entender esta realidade, facilmente perdem a oportunidade de descobrir o Deus que vem ao seu encontro e de acolher os desafios que Deus lhes apresenta.